O Blog do Siga Pregão traz neste conteúdo um estudo de caso sobre como gerenciar dificuldades na entrega dos produtos que você vende para o governo. O vídeo é apresentado pelo especialista em licitações públicas, Rodolpho dos Anjos, e o pai dele, Álvaro, responsável pelo setor de produtos na empresa que eles administram.
O objetivo do bate-papo é trazer um panorama das dificuldades que podem surgir durante o processo de entrega e como administrá-los da melhor forma possível. Curtiu? Então, leia o conteúdo até o final e otimize suas entregas.
Analisando um pregão presencial SRP
O estudo de caso apresentado por Rodolpho e Álvaro é de um edital de Sobral, no Ceará. Tratava-se de um Pregão Presencial SRP – Sistema de Registro de Preço.
Após ganharem uma disputa acirrada, o órgão que solicitou a abertura do edital demorou meses para fazer a requisição dos produtos.
Quando fez, faltava aproximadamente um mês para o vencimento da Ata. Ou seja, era preciso correr contra o tempo para entregar o objeto do contrato dentro do prazo estabelecido.
No entanto, nem sempre os fornecedores conseguem atender a um pedido em cima da hora, já que existem muitos processos de produção envolvidos. E foi exatamente isso que aconteceu em Sobral, um atraso de cerca de 10 dias.
Além do atraso, somente parte do produto comprado ia chegar numa determinada data e o restante, somente depois. Eram 2 mil capacetes adquiridos, mas o fornecedor havia dito que poderia entregar 1500, porque era o que cabia na carreta naquele momento.
A promessa, portanto, era entregar os outros 500 uma semana depois.
A verdade, porém, é que o tal fornecedor tirou 500 unidades para atender outro cliente. Com isso, ele precisava de mais dias para entregar o número total do produto para a empresa de Rodolpho. O novo prazo dado pelo fornecedor prejudicaria, então, a entrega ao órgão.
Como gerenciar dificuldades na entrega
Como medida para evitar o atraso, a alternativa era que o produto não viesse para a empresa de Rodolpho, mas que fosse até a metade do caminho, encontrasse com a outra parte da carga e, de lá, seguisse para o órgão em Sobral.
Mas um novo obstáculo surgiu: a nota do transporte deve ser carimbada nos lugares em que ela passou. Ou seja, se uma carga está direcionada a Brasília, necessariamente ela deve passar pelos postos fiscais que levam até Brasília.
Assim, a carga que inicialmente iria até “metade do caminho” de Sobral, precisou andar até São Paulo para que todos os carimbos na nota fossem conseguidos.
Depois de todo o contratempo no trajeto, a chegada em Sobral também gerou momentos de tensão. Isso porque a entrega ao órgão precisaria ser feita exatamente naquele dia, mas as barreiras fiscais para entrar no Estado do Ceará gerou uma grande fila e muitas horas de espera. Por fim, e quase em cima da hora, os produtos chegaram ao destino e foram entregues ao órgão público.
Conclusão: Rodolpho destaca com esse estudo de caso que, para gerenciar dificuldades na entrega, é muito importante ter os prazos alinhados, bem como manter um bom relacionamento com fornecedores e transportadoras. Isso é importante justamente para imprevistos como esses que aconteceram com o edital de capacetes de Sobral.
Portanto, ao entrar para o mercado de vendas para o governo, esteja preparado para eventualidades assim. São muitos os testes de fogo, mas basta ter resiliência e bons relacionamentos para superá-los.